Mais da metade dos brasileiros admitem comprar por impulso, mostra pesquisa
A maioria dos brasileiros (52% do total de entrevistados) fez alguma compra por impulso nos três últimos meses. É o que revela pesquisa feita em todo o país por meio do portal de educação financeira Meu Bolso Feliz, divulgada na terça-feira, 13 de maio, pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Foram ouvidas 694 pessoas sobre a relação dos consumidores brasileiros com o uso do crédito e as compras por impulso.
Os produtos mais comprados por impulso nos seis meses de 2015 foram roupas (29%), eletrônicos e celulares (35%) e perfumes/cosméticos (17%). Por impulso, as mulheres compraram mais roupas (33%) e calçados (19%), enquanto os homens compraram mais eletrônicos e celulares (35%) e roupas (17%). A principal justificativa dada pelos consumidores foram: A Crise, gerenandos
os descontos e as promoções.
O local onde as pessoas mais compram por impulso é o shopping center: 35% do total de entrevistados disseram que as compras supérfluas foram feitas em shoppings, seguido por 23% que informaram fazer isso por meio das lojas virtuais.
"Um em cada três consumidores ouvidos pela pesquisa demonstrou falta de planejamento com suas compras"
“Às vezes parece imperceptível, mas fatores psicológicos, subjetivos e emocionais exercem muita influência nas decisões financeiras. Por uma questão de status, algumas pessoas compram desmesuradamente apenas para impressionar a família, os amigos e até mesmo o vendedor da loja, para alimentar a autoestima.
Sem planejamento, essas pessoas adquirem produtos supérfluos e acabam se endividando excessivamente”, afirmou José Vignoli, educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz.
Falta de planejamento
Um em cada três consumidores ouvidos pela pesquisa demonstrou falta de planejamento com suas compras: 35% deles admitiram não ter o hábito de olhar o extrato bancário antes de fazer uma compra parcelada e 12% chegam a incorporar o limite do cheque especial e do cartão de crédito ao orçamento disponível para ser gasto no mês.
"Olhar para dentro de si diante das situações que nos desafiam ou ainda que nos impelem a nos comportarmos de modo automático é um excelente exercício de autoconhecimento, autorreflexão e mudança"
Algumas vezes as pessoas vêm procurar terapia ou vêm para uma de suas sessões com uma percepção e um discurso que as colocam em posição de vítima ou ainda que foram impulsionadas pelo outro a agirem como agiram.
Parte imprescindível no processo terapêutico, é tornar as pessoas conscientes da situação em que se colocam através de suas escolhas, bem como responsabilizá-las por suas ações.
Recebo e-mails de pessoas me questionando:
- O que fulano fará caso eu haja dessa maneira?
Ou às vezes alguns de meus pacientes quando estão mais inseguros e/ou ansiosos me perguntam o mesmo.
Fato é que não há como prever com certeza como uma pessoa se comportará diante de determinado evento. Podemos ter alguma ideia baseando-nos nos comportamentos passados dessa pessoa em situações semelhantes, já que de modo geral nós mantemos um determinado padrão de como responderemos às situações; principalmente se fazemos isso de forma automática.
No entanto, podemos conscientemente decidir agir de outro modo ou ainda através de terapia ou outros processos de autoconhecimento e mudança modificar nosso modus operandi.
Com base nisso, precisamos nós mesmos buscar perceber a situação em que nos encontramos com um olhar - o mais amplo possível - e, diante disso, olhar para dentro de nós e avaliar qual a melhor maneira de agir diante do contexto.
Cinco dicas para aprende a olhar para dentro de si:
1ª) O que busco nessa situação?
2ª) Agir dessa maneira me ajuda a obter quais resultados?
3ª) Sinto bem comigo mesmo(a) em agir desse modo?
4ª) Eu assumo a responsabilidade pelos meus atos?
5ª) Se eu fosse aconselhar uma pessoa querida na mesma situação, o que diria para ela?
Muito dificilmente podemos afirmar que alguém é vitima ou algoz em uma situação. Na grande maioria das vezes, como adultos, temos escolha e, diante disso, podemos optar fazer o nosso melhor, mesmo diante de algo que esteja causando muita tristeza ou raiva. Podemos sempre aproveitar o que acontece para aprender, para amadurecer e perceber o que ocorre como sendo uma oportunidade para poder fazer diferente. Assim acabamos aos poucos desenvolvendo outras opções de respostas dentro de nós. Ampliamos nosso repertório e, como já dizia Darwin, os seres mais bem adaptados são os que sobrevivem. Ou seja, temos mais chances de nos sair bem em diferentes momentos.
Olhar para dentro de si diante das situações que nos desafiam ou ainda que nos impelem a nos comportarmos de modo automático é um excelente exercício de autoconhecimento, autorreflexão e mudança.
Deixamos de agir impulsivamente e passamos a nos conectar com uma camada mais profunda a qual possui muito mais de nossa essência e verdade do que simplesmente agir por instinto ou ainda arrebatado por alguma emoção passageira.
Sejamos senhores de nossas vidas e de nossos destinos. Ajamos com responsabilidade fazendo aquilo que realmente acreditamos e sentimos ser o melhor.
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